Homilia 15º do Domingo Comum
Padre Luiz Carlos de Oliveira
Missionário Redentorista
“Jesus, o bom samaritano”
Jesus se apresenta
Jesus, em sua caminhada para Jerusalém
para cumprir o desígnio do Pai, instrui seus discípulos. Acontece que um
homem lhe pergunta o que deve fazer para merecer a vida eterna. Jesus
pergunta o que diz a Lei? Ele recita o mandamento do amor a Deus e ao
próximo. “Respondeste bem”, disse Jesus. O homem pergunta: “E quem é meu
próximo?” Jesus então conta a parábola sobre o homem que descia de
Jerusalém a Jericó e foi assaltado, ferido e abandonado no caminho.
Passam três pessoas. Duas delas são
importantes: o sacerdote e o levita. Olham e passam adiante. O sacerdote
era quem explicava a lei que proclamava a caridade. O levita era
responsável pelo culto. O samaritano era o impuro por sua condição de
herético com respeito a Israel. Ele não passou adiante. Parou, sentiu
compaixão, tratou do homem. Depois colocou no seu cavalo, levou para uma
pensão, cuidou e, na hora de ir adiante, deixou dinheiro para os
cuidados e promete volta para completar o necessário. Suas atitudes são
as mesmas de Deus para com seu povo.
Jesus faz a pergunta: “Quem é o próximo
do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? “O que usou de
misericórdia”, responde o homem. Esse quadro nos alerta para a caridade
para com o próximo. Somos o próximo dos necessitados.
Jesus é o modelo
Na parábola há um ensinamento
fundamental para a vida cristã. Mais que um ensinamento é uma explicação
sobre o que vai acontecer em Jerusalém. Dizemos parábola do bom
samaritano.
O bom samaritano é o que se faz próximo
de cada pessoa. Jesus é o Bom Samaritano. Os gestos desse homem
explicitam as atitudes de Jesus em seu caminho de redenção. Desceu do
Céu, se encarnou, sentiu compaixão da humanidade caída e ferida sem
solução, tomou-nos nos seus braços e carregando a cruz nos redimiu para a
vida.
Ele se fez o próximo de todos nós
assumindo nossas dores. Por suas chagas fomos curados (1Pd 2,24). Seu
ministério de ensinamento e culto não se identificam com o sacerdote e o
levita que passam ao lado. Toda a Palavra conduz para o amor. O culto
só será autêntico se for acompanhado da caridade, como lemos também nos
profetas. Ao encerrar a parábola Jesus pergunta quem é o próximo do
homem que fora ferido.
O mestre da lei responde: “Aquele que
usou de misericórdia para com ele” (Lc 10,37). Jesus não responde à
pergunta quem é meu próximo, mas afirma que eu sou o próximo de cada
pessoa que sofre. Ele se fez o próximo de todos nós, assumiu sobre si
nossa realidade pecadora.
Vai e faze a mesma coisa (Lc 10,38)
A compreensão da parábola está nestas
palavras de Jesus: “Vai e faze o mesmo”. Para isso é preciso ter
entranhas de misericórdia. É muito mais fácil fazer uma religião de
fachada usando o culto, a palavra vazia de vida. O homem que quis
provocar Jesus era um mestre da lei. Conhecia a Palavra de Deus. A
religião verdadeira é cuidar dos órfãos e das viúvas em suas
necessidades (Tg 1,27). Continuamos vendo a busca do prazer espiritual
que nunca sacia.
Essa lei do amor não está distante de
nós como algo impossível e reservado a poucos. Rerá descer de nossas
falsas seguranças e pegar o caminho de Jesus sua entrega total. Paulo
nos mostra que esse Jesus Cristo que se abaixa é Deus, cabeça de tudo.
Assumiu humanidade para reconciliar
consigo todos os seres (Cl 1,20). Não se pode perder de vista que somos
bons não pelo cargo que ocupamos nem pela sabedoria que temos, mas
porque temos a capacidade de sermos próximos de todos. Isso vai nos dar a
paz
Leituras: Deuteronômio 30,10-14; Salmo 18b; Colossenses 1,15-20; Lucas 10,25-37.
Ficha nº – Homilia do 15º Domingo Comum (10.07.16)
Jesus narra a parábola do samaritano que
cuidou do homem ferido. Quem é o próximo? O samaritano foi o próximo do
homem ferido. Somos o próximo dos necessitados.
Os gestos do samaritano lembram as
atitudes de Deus para com o povo sofrido. Jesus foi nosso samaritano.
Ele teve compaixão e tomou atitudes concretas encarnando-se e assumindo
nossas dores e nos curando.
Jesus diz ao homem que ele respondera
bem: Vai e faze o mesmo. Para seguir Jesus é preciso ter entranhas de
misericórdia. Esse Jesus misericordioso é Deus, cabeça de tudo e em seu
corpo reconciliou todas as coisas.
Serviço de saúde com segurança
Os donos do poder religioso e político
do tempo de Jesus estavam sempre procurando um jeito de pegá-lo em
alguma palavra. Faziam armadilhas perigosas. Mas Jesus era mais
esperto. Sempre tinha uma resposta completa que ia além do que queriam.
Tentaram de todos os jeitos no campo espiritual, político e jurídico.
Lembramos o caso do tributo a Cesar. O que dissesse dava errado. Mas deu
certo.
No evangelho desse domingo, lemos que
armam para pegá-lo pelo lado religioso. Querem saber de Jesus qual era o
fundamento de toda a lei de Deus. Uns diziam que eram os sacrifícios,
outros a Palavra e outros pontos. O mestre da lei, isto é, o entendido
nas coisas da lei de Deus, faz a pergunta sobre o que devia fazer para
ter a vida eterna.
Jesus responde perguntando: “O que a
Bíblia diz?” Ele responde: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu
coração… e teu próximo como a ti mesmo”. É isso aí mesmo, responde
Jesus. Para complicar, o homem ainda diz: E quem é meu próximo?
Jesus conta a parábola do bom samaritano
que já conhecemos bem. Um homem é assaltado, ferido e abandonado na
estrada. Passa um sacerdote do templo; olhou e foi embora; passou uma
pessoa religiosa; olhou e passou. Veio o “mau” que era o samaritano,
odiado pelos judeus. Viu, sentiu compaixão, desceu do cavalo, fez os
curativos, pôs no seu cavalo, levou para a pensão, cuidou, deixou
dinheiro para que fosse cuidado e voltou para terminar sua caridade.
Quem foi o próximo? Aquele que cuidou, respondeu.
Jesus ensina que nós somos o próximo de
quem precisa. Os outros não são os próximos. Somos nós. Jesus foi o bom
samaritano que desceu dos céus, cuidou da criatura ferida pelo pecado,
pôs nas costas com a cruz, e cuidou de nós até o extremo.
Deus sempre se abaixa para cuidar de nós com carinho.
A liturgia ensina que a lei do amor é fácil de ser cumprida. Unidos a Jesus continuamos sua missão no corpo Dele que é a Igreja.
Para ir para o Céu é preciso fazer caridade. Sem isso, pode tirar cavalo da chuva.
Fonte - http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/10/07/2016
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